Viena, capital da Áustria, é berço de grandes artistas como Mozart, Beethoven, Schubert ou Strauss. Foi eleita três vezes como a melhor cidade do mundo para se viver. Soube preservar um passado glorioso – foi a a capital de um império por mais de seiscentos anos – mas também é moderna e dinâmica, e se reinventa o tempo todo.

Viena parece que tem arte em seu DNA. E quando falamos em arte, nos referimos a todas as áreas. Na música, por exemplo, apesar de ter nascido em Salzburg, foi em Viena que Mozart compôs suas primeiras óperas. Em relação à pintura, Viena é a cidade natal do pintor Gustav Klimt, autor de O Beijo. Como se não bastasse, Viena é conhecida também como a cidade dos bailes (são mais de 450 por ano) e concertos (mais de quinze mil ao ano). Claro que não podemos nos esquecer de mencionar os mais de cem museus, os cinquenta teatros, galerias de arte e festivais de música e dança.

Mas nem só de arte vive Viena. Além de eleita três vezes como a melhor cidade do mundo, foi classificada como a que tem o maior percentual de área verde (51%). Com tantos atributos, não surpreende que seja o destino de tantos turistas desejosos de conhecer as suas belezas e a sua história.

Em nossa road trip pela Áustria e Leste Europeu, a cidade de Viena mostrou que continua tão charmosa, chique e encantadora como sempre foi.

Viena, sempre linda demais
Viena, sempre linda demais
CONHECENDO VIENA

A cidade é dividida em distritos que, apesar de terem nome, são mais conhecidos pelos números. Para se ter uma ideia da distribuição deles basta se lembrar de Paris, com seus bairros em forma de caracol. O primeiro distrito de Viena é o Innere Stadt, o coração da cidade, o centro turístico, contornado pela Ringstrasse, alameda glamorosa com museus e monumentos históricos.

Roteiro para um dia

O Palácio Schönbrunn

Começamos o dia em Viena indo a uma atração fora da Ringstrasse: o Palácio Schönbrunn. Para chegar lá, optamos pelo carro de aplicativo (eram só 6 quilômetros). Mas dá para pegar o metrô (linha U4) e descer na estação Schönbrunn, ou ir de ônibus, pegando a linha 10A.

O lindo e suntuoso Palácio Schönbrunn fica em uma área enorme. Infelizmente só tínhamos reservado uma manhã para visitá-lo. Teria sido legal se tivéssemos mais tempo para explorar todo o complexo, passeando com calma em seus jardins. Para mais informações sobre este belíssimo palácio, veja o nosso post Viena: visite os belíssimos palácios da cidade imperial.

Palácio Schonbrunn: imenso e luxuoso
Palácio Schonbrunn: imenso e luxuoso
A salsicha e o coelho

Voltamos para a Innere Stadt (usando carro de aplicativo também) e fomos lanchar em um lugar bastante famoso na cidade, basta ver o tamanho das filas. O Bitzinger Würstelstand Albertina é um pequeno quiosque com um imenso coelho verde em cima. Agora imagina a cena: comer um cachorro-quente com Käsekrainer (salsicha recheada com queijo), acompanhado por espumante ou um vinho local, em pé, no meio da praça. Só posso dizer que está fazendo o maior sucesso!

O Bitzinger Würstelstand Albertina fica na Albertinaplatz, em frente ao museu de mesmo nome. Abre diariamente, das 8h às 4h da manhã.

 

O Bitzinger Würstelstand fez virar moda tomar espumante em pé na praça
O Bitzinger Würstelstand fez virar moda tomar espumante em pé na praça
O Palácio Hofburg

Após o lanche, começamos a bater pernas pelo centro histórico. Seguimos pela Augustinerstrasse até o Palácio Hofburg, o palácio urbano que serviu de residência oficial dos Habsburg. Visitamos os Apartamentos Imperiais, o Museu da Sissi e a Silver Collection (coleção de louças refinadas e prataria usada pela família imperial).

Neste último, optamos pelo tour mais curto e paramos apenas nas vitrines com estrelas vermelhas, que mostram as peças de maior destaque. Para quem tem mais tempo, aconselhamos fazer o tour completo.

Os aposentos, tanto os do imperador Francisco José como os de sua amada Sissi, foram restaurados ao longo dos anos e hoje são de tirar o fôlego. Os Apartamentos Imperiais mostram muito da opulência da época, mas também do dia a dia da imperatriz Elizabeth da Bavária, a Sissi.

Os hábitos dessa mulher estavam muito à frente do seu tempo. Durante a visita ao Hofburg soubemos como ela cuidava dos longos cabelos, vimos onde tomava banho, a academia que criou, onde se exercitava, e o gabinete onde estudava vários idiomas.

Para mais informações sobre o Palácio Hofburg, dê uma olhadinha no nosso post Viena: visite os belíssimos palácios da cidade imperial

Palácio Hofburg: maravilha imperial
Palácio Hofburg: maravilha imperial
Torta e café: duas tradições vienenses

A gastronomia austríaca é um capítulo à parte. São tantas coisas deliciosas para provar… Uma das iguarias mais famosas é a sachertorte. Esta torta de chocolate é feita com duas camadas, recheada com geleia de damasco e coberta por mais chocolate.

Sachertorte - pense numa delícia
Sachertorte – pense numa delícia

Ela foi criada em 1832 para um príncipe de origem alemã e virou uma disputa judicial para decidir quem poderia ostentar o título de “receita original”. A competição foi entre o Hotel Sacher (Philharmonikerstraße, 4) e a Confeitaria Demel (Kohlmarkt, 14), a predileta da imperatriz Sissi e onde ela encomendava seus doces. Hoje as duas casas estão sempre lotadas, com filas na porta.

Confeitaria Demel - a preferida da imperatriz Sissi
Confeitaria Demel – a preferida da imperatriz Sissi

Outra tradição fortíssima em Viena são os cafés. Coisa séria para eles, tanto que muitos cafés serviam como ponto de encontro dos intelectuais da cidade.

Depois que saímos do Palácio Hofburg, resolvemos juntar as duas coisas e fomos experimentar a sachertorte no simpático e tradicional Café Klimt (Michaelerplatz, 2), que fica em frente ao palácio. Em funcionamento desde 1847, é considerado o mais antigo coffee shop de Viena.

Outra sobremesa que experimentamos lá foi o Apfelstrudel, receita original de 1696 criada por um cozinheiro do Schönbrunn. E a gente acreditando que era alemã! Para acompanhar, pedimos um café com leite típico de Viena: o  melange.

Café Klimt - considerado o mais antigo de Viena
Café Klimt – considerado o mais antigo de Viena
Compras

Como ninguém é de ferro, não resistimos e fomos bater pernas pelas ruas de comércio de Viena. Do Café Klimt, seguimos pela rua Kohlmarkt até chegar à Graben, uma  rua exclusiva para pedestres. A Graben é o lugar das “comprinhas” em Viena e não é de hoje, pois existe desde a Idade Média. Prepare-se para passar por algumas esquinas particularmente interessantes, onde se concentram lojas como a Prada, Louis Vuitton, Chanel, Dior entre outras.

A Kohlmarkt é a rua das lojas de luxo
A Kohlmarkt é a rua das lojas de luxo

Outra rua com lojas chiques e descoladas é a Kärntner Strasse. Aqui estão as lojas Desigual, Zara, Mango, Forever 21 (com 3 andares) e a Swarovski .

DICA: para não perder tempo, pegue no Escritório de Turismo (endereço no fim do post) o folheto Shopping Guide für Wien, que tem um mapinha com a localização de todas as lojas da ruas Kärntner Strasse, Rotenturmstrasse, Grabe e região. Depois é só se divertir!

Seguindo pela Kärntner, na Stephansplatz (ao lado da Catedral de Santo Estevão), está a loja de chocolates Manner. Ela existe desde 1890 e é muito tradicional. E já que era famosa, passamos lá para comprar uns chocolates. Passar é o verbo correto para essa loja. Devido ao grande fluxo de turistas, a loja se estruturou para formar um corredor em que os clientes vão pegando os produtos e pagam na saída. Não dá para demorar muito, pois há uma fila enorme atrás de você. O que facilitou a nossa vida foi saber antecipadamente o que queríamos comprar, no caso, os biscoitos wafer e o chocolate com baunilha. É uma boa opção de lembrancinha para os amigos chocólatras.

A Coluna Pestsäule

Ainda na Graben, não pudemos deixar de notar uma enorme coluna decorada com várias esculturas, a Pestsäule. Ela foi erguida em 1693 depois que a Grande Praga devastou a cidade. As figuras na sua base representam o triunfo da fé sobre a doença; no meio estão brasões do Imperador Leopoldo I e na parte superior há anjos e uma escultura dourada que representa a Santíssima Trindade. Muitas cidades européias que venceram as pestes da época têm colunas assim.

Coluna Pestsäule
Coluna Pestsäule

Bem pertinho, fica a Peterskirche (Igreja de São Pedro), uma igreja católica em estilo barroco e que foi inspirada na Basílica de São Pedro em Roma. É linda e tem uma programação enorme de concertos.

Endereço da Peterskirche: Petersplatz.

Horário de funcionamento: Aberta de segunda a sexta, das 7h às 20h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 21h.

A belíssima Peterskirche: Igreja de São Pedro
A belíssima Peterskirche: Igreja de São Pedro
A Catedral de Santo Estevão

Seguimos pela rua Graben até a Stephansplatz. Lá está a Catedral de Santo Estevão (Stephansdom), símbolo de Viena. Não dá para passar por ela  sem olhar para o seu maravilhoso telhado, formado por um mosaico de azulejos coloridos. O imenso interior em estilo gótico não fica atrás e é belíssimo.

Esse Patrimônio cultural foi construído no Século XII e sofreu muitos danos depois de um incêndio no final da Segunda Guerra. A reconstrução do telhado até que foi rápida: apenas cinco anos. Na torre norte está o Pummerin, o maior sino da Áustria, pesando 21 toneladas e que também sofreu muitos danos durante a Guerra.

Catedral de Santo Estevão: símbolo de Viena
Catedral de Santo Estevão: símbolo de Viena

O acesso à torre é feito por um elevador no interior da catedral e custa 6 euros por pessoa. Para mais informações, clique aqui.

Foi na Catedral de Santo Estevão que Mozart se casou, em 1782, e batizou os dois filhos. Ali também ele foi velado, em 1791.

Entrada gratuita. Horário de abertura: segundas-feiras a sábado: das 6h às 10h; domingos e feriados das 7h às 22h.

É possível fazer uma visita com audioguia pela catedral, catacumbas e torres. Horário: de segunda-feira a sábado das 9h às 11h30 e das 13h às 16h30. Aos domingos, das 13h às 16h30. Os ingressos podem ser adquiridos lá mesmo. Para mais informações clique aqui.

Há concertos lá também. Para saber a programação, horários e preço dos ingressos, clique aqui.

O bellísimo interior da Catedral símbolo de Viena
O bellísimo interior da Catedral símbolo de Viena
A Ópera de Viena

Após a visita à catedral, pegamos a Kärnster Strasse (mais comprinhas!) e fomos andando até a Wiener Staatsoper, a ópera de Viena. Ela foi inaugurado em maio de 1869 com a ópera Don Giovanni, de Mozart. Ou seja, este ano está completando 150 anos! O prédio escapou dos bombardeiros da Segunda Guerra, mas em março de 1945 foi atingido e quase totalmente destruído por uma bomba. Foi reformado e reabriu em novembro de 1955, com a apresentação de Fidélio, de Beethoven.  

Dá para conhecer o seu luxuoso interior com visitas guiadas. Mas se quiser assistir a um espetáculo tem que comprar os ingressos com meses de antecedência. Os preços podem variar de 130 a 285 euros. Se não se incomodar em assistir de pé, é possível comprar ingressos de última hora na rua, com vendedores vestidos com roupas antigas e perucas.

Endereço da Wiener Staatsoper: Opernring, 2

Ópera de Viena: pena que estava em obras!
Ópera de Viena: pena que estava em obras!
O Grand Finale

A nossa despedida de Viena foi no Restaurante Glacis Beisl, aproveitando o convite oferecido pelo  Escritório de Turismo da cidade.  O restaurante tem uma decoração bem moderna e é super descolado. O espaço é lindo, aconchegante, com grandes janelas envidraçadas que dão para um agradável jardim. Claro que escolhemos pratos típicos da Áustria como o Wiener Schnitzel (bife de vitela à milanesa) e o Goulash. E para acompanhar, nada melhor que um vinho local.

Endereço do restaurante Glacis Beisl: Breite Gasse, 4 (no Museum Quartier)

Horário: diariamente, das 12h a 23h (horário da cozinha).

Restaurante Glacis Beisl e o melhor da culinária de Viena
Restaurante Glacis Beisl e o melhor da culinária de Viena

 

O Glacis Beisl já inova na entrada
O Glacis Beisl já inova na entrada
A importância de um bom planejamento

Gostamos de planejar as nossas viagem e foi um grande desafio escolher quais atrações iríamos visitar em Viena em apenas um dia. A cidade está repleta de lugares maravilhosos e merece uma estada mais demorada. O ideal é ficar pelo menos 3 dias. Tivemos que deixar de fora atrações como o Palácio Belvedere, os vários museus do Museums Quartier e a Riesenrad, a roda gigante construída em 1896 e que ainda está em funcionamento. Ficarão para uma próxima viagem, com certeza!

DICAS DAS BELLAS
  • Dá para explorar a pé o centro histórico, chamado de Innere Stadt.
  • Não deixe de experimentar as delícias da culinária local. E não se esqueça de provar os vinhos produzidos na Áustria.
  • Viena é inesgotável e sempre vai ficar alguma atração de fora. Não tente fazer uma maratona turística.
  • Ficamos em um hotel maravilhoso, o Rathaus Wien & Design. Se gosta de um hotel moderno, confortável e temático (sim, tudo no hotel é relacionado a vinhos!) veja o nosso post sobre ele.
Adoramos nosso hotel Rathaus Wein & Design
Adoramos nosso hotel Rathaus Wein & Design
Vienna City Card

O Vienna City Card dá direito a descontos em mais de 210 atrações turísticas, como museus, concertos, teatros, lojas e restaurantes. Vale muito a pena! Veja qual é o melhor para você:

  •  Red: 24 horas (17 euros), 48 horas (25 euros) e 72 horas (29 euros), que inclui a rede de transportes públicos;
  • White: 24 horas  (32 euros), 48 (37 euros) e 72 horas (41 euros), que inclui o ônibus turístico (duas linhas: vermelha e azul) e um walk tour à noite.
Escritório de informações turísticas

Tourist Information Offices: na Albertinaplatz (Maysedergasse, 1010; das 9 às 19h, diariamente), na Main Station (Hauptbahnhof; das 9 às 19h, diariamente) e no Aeroporto Internacional de Viena (das 7 às 22h, diariamente).

Site oficial: www.vienna.info. Não deixe de consultar antes de sua viagem para Viena. Oferece dicas em 13 línguas, roteiros e calendário de eventos.

O ideal é ficar no mínimo três dias em Viena
O ideal é ficar no mínimo três dias em Viena
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Viena: visite os belíssimos palácios da cidade imperial

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