O Grand Canyon National Park é daqueles lugares em que você olha mil vezes e pensa: isso é real? Daí você pisca de novo e diz: eu realmente estou aqui apreciando essa maravilha? É um lugar diferente de todos os outros que você já viu. A nítida definição da palavra IMENSIDÃO. Vem com a gente conferir as dicas sobre esse lugar inesquecível!!

O QUE É DE FATO O GRAND CANYON

Já ouvimos várias pessoas comentarem que durante a viagem para Las Vegas pensavam em aproveitar um dia para dar uma “esticadinha” até o Grand Canyon.

Bem, a não ser que tenham pensado apenas em um sobrevoo de helicóptero, conhecer o Grand Canyon exige e merece muito mais do que isso.

Primeira coisa: ele é o maior cânion do mundo, não dá para conhecer tudo em poucos dias. As opções de passeio são muitas, o que significa que quem vai ao Grand Canyon terá que escolher muito bem o que quer e abrir mão de muitas coisas.

Vamos, então, começar tentando dar uma noção do que é este parque nacional americano.

O Grand Canyon National Park foi designado como parque nacional em 26 de fevereiro de 1919 e merece os apelidos de monumental e majestoso. Localizado no estado americano do Arizona, mede cerca de 446 quilômetros de extensão e chega a quase 30 quilômetros de largura. Para se ter uma noção do tamanho, pense que a distância entre as cidades de Brasília e Uberlândia é de 424 quilômetros. De São Paulo ao Rio de Janeiro são 436 quilômetros.

Grand Canyon, South Rim (Borda Sul)
Grand Canyon, South Rim (Borda Sul) 
OS VÁRIOS ACESSOS AO GRAND CANYON

BORDA SUL:

Se você ainda não consultou um mapa do parque, mas quer ter uma noção do que é o Grand Canyon, use a imaginação e crie um enorme retângulo deitado com as bordas bastantes irregulares. Este será o nosso parque imaginário. Na parte de baixo deste retângulo estaria o acesso sul do Parque Nacional, o South Rim. Distante 450 quilômetros de Las Vegas, é a parte mais visitada do Grand Canyon, com doze mirantes maravilhosos e várias trilhas e uma excelente estrutura de apoio para os turistas, com a oferta de vários hotéis e restaurantes. O ingresso custa 30 dólares por carro de passeio, independentemente do número de passageiros. O ingresso individual, para quem vai de bicicleta ou de ônibus, por exemplo, custa 15 dólares. Para as motos, 25 dólares

Do acesso sul pode-se pegar a Desert View Drive e ir de carro ou de ônibus gratuito do parque até o acesso do lado direito: o East Entrance.

BORDA NORTE:

Na borda superior do nosso retângulo imaginário estaria o acesso norte (North Rim). Distante 400 quilômetros de Las Vegas e 200 quilômetros de Page (guardem o nome desta cidade, falaremos dela no post sobre o Antelope Canyon), o acesso norte é bem menos visitado. Fica fechado no inverno (abre apenas de 15 de maio a 15 de outubro) e tem apenas 3 mirantes. Eu diria que é indicado para quem gosta de aventuras radicais e tem muita experiência em trilhas. O ingresso também custa 30 dólares.

BORDA OESTE:

Bom, falta falar do lado esquerdo da nossa figura geométrica. Conhecido como Grand Canyon West, a rigor não pertence ao parque nacional, pois está dentro da Hualapai Indian Reservation (reserva indígena da tribo dos Hualapai). Duas coisas tornaram o acesso do West Rim mais conhecido: primeiro a proximidade de Las Vegas – são apenas 195 quilômetros (o que permite a “esticadinha”, saindo de Las Vegas de ônibus ou helicóptero); e a segunda é a Skywalk, uma passarela de vidro em forma de ferradura que fica sobre um abismo do Grand Canyon.

O ingresso ao parque custa 82 dólares, com a passarela e almoço inclusos. Mas é bom reservar mais 65 dólares para pagar as suas fotos na passarela, já que não é permitido aos turistas levarem suas próprias câmeras.

Grand Canyon, South Rim (Borda Sul)
Grand Canyon, South Rim (Borda Sul)

 

COMO CHEGAR: 

Depois de quatro dias em Las Vegas, partimos, de carro alugado, em direção ao Grand Canyon National Park. Pegamos a US-93, sentido sul, até Kingman, Arizona, depois a I-40, sentido este, até Williams. Logo após Williams, viramos à esquerda na AZ-64, sentido norte. Foram, no total, 443 quilômetros até a entrada da South Rim (Borda Sul).

DE TREM – É possível também chegar ao Grand Canyon de trem partindo de Williams, Arizona. Para mais informações consulte: www.thetrain.com

A entrada é paga mesmo para aqueles que se hospedarão dentro do parque. Não pegamos engarrafamento na guarita, mas é comum durante a alta estação e feriados. Depois de pagar os 30 dólares, percorremos dez quilômetros, da guarita até a Grand Canyon Village.

ROTEIRO DE DOIS DIAS:

DIA 1 – COMO PERCORRER O GRAND CANYON

Depois de feito o check-in no hotel El Tovar, fomos ver o pôr do sol em um dos mirantes. Como o parque oferece três linhas de ônibus gratuitas, escolhemos pegar a linha azul, descer no ponto de baldeação e pegar a linha vermelha, a Hermit Road Rout. Daí em diante foi só ter o “trabalho” de escolher em qual mirante descer. Foi uma sucessão de paisagens lindas, de desfiladeiros imensos a perder de vista.

Dos nove pontos desta linha, paramos no Maricopa Point e no Powell Point, mas foi no Hopi Point que chegamos bem a tempo de acompanhar um dos mais lindos por do sol das nossas vidas. Lindo, maravilhoso, um “escândalo”!

 

pôr do sol no mirante Hopi Point, Grand Canyon
pôr do sol no mirante Hopi Point, Grand Canyon

Depois do espetáculo, a volta para o hotel só teve um probleminha… Era abril e, assim que o sol foi embora, começamos a sentir muito frio, mesmo estando bem agasalhadas. Se a sua intenção é ficar no parque para ver o pôr do sol, lá vai um conselho: agasalhe-se bem.

O primeiro jantar no restaurante do hotel El Tovar foi ótimo. E ainda tivemos tempo de ter um happy hour antes, com direito a vinho o para brindar nosso dia perfeito.

jantar no Hotel El Tovar, Grand Canyon
jantar no Hotel El Tovar, Grand Canyon
DIA 2 – OS OUTROS MIRANTES

No dia seguinte, optamos por ir de carro (e não de ônibus) visitar o outro lado do cânion. Paramos em vários mirantes para admirar a paisagem e tirar fotos, muitas fotos. Logo depois do Moran Point está o Tusayan Museum and Ruin, um sítio arqueológico no local onde os índios viviam oitocentos anos atrás.

Paramos nos mirantes Lipan Point e do Navajo Point. Em cada um existe uma grande placa com explicações sobre a fauna e flora do lugar, além de dados históricos. Logo depois, chegamos ao Desert View Wacthtower, uma construção circular, de onde se pode ter uma vista ampla e impressionante do cânion. Dentro da torre há um museu com exibição de artefatos indígenas e uma lojinha de souvenirs.

visual do Desert View Watchover, Grand Canyon
visual do Desert View Watchover, Grand Canyon

No caminho de volta para o hotel, paramos no Visitor Center. O apoio ao turista é muito bom e o balcão de informações é bem concorrido. Vimos lá uma exposição com várias fotos lindas do parque e, claro, lojas de souvenirs. Mas o melhor estava do lado de fora do centro: o Mather Point, um mirante concorrido e uma escadaria de pedras linda e muito fotogênica. Dizem que é o melhor mirante para ver o nascer do sol.

O nosso segundo jantar no restaurante do El Tovar também foi maravilhoso.

Mather Point, Grand Canyon
Mather Point, Grand Canyon

 

visual do Mather Point, Grand Canyon
visual do Mather Point, Grand Canyon
NOSSA OPINIÃO

O Grand Canyon National Parque merecia estar, com certeza, entre as sete maravilhas do mundo natural. Ele é maravilhoso!! E mesmo ficando dois dias nele, saímos com a sensação de ter conhecido muito pouco. O lado bom é que sempre teremos uma boa desculpa para voltar.

O mais interessante do parque é que ele atente a todos os tipos de turistas, dos que gostam de aventura mais radicais aos que querem só curtir a natureza, sem estresse. As opções variam de passeio de helicóptero a andar de mula; de hospedagem chique a lodges bem rústicos; de trilhas radicais a passeios mais, digamos, normais. Por isso, lá vai um conselho: se quiser conhecer o parque, pesquise muito, planeje com antecedência e prepare-se para abrir mão de algumas coisas, pois é impossível conhecer tudo!

HOTEL / ONDE FICAR PARA VISITAR O GRAND CANYON

Queríamos muito ficar dentro do parque, bem na bordinha do desfiladeiro. Escolhemos o hotel El Tovar e foi sensacional!

Hotel El Tovar, Grand Canyon
Hotel El Tovar, Grand Canyon

O hotel El Tovar foi aberto em 1905, com 78 quartos, um diferente do outro. Considerado um hotel histórico, parece um grande chalé dos alpes suíços, com muita madeira aparente. Já hospedou gente famosa como Theodore Roosevelt, Albert Einstein e o presidente Bill Clinton. Conta com uma lojinha e pode-se usufruir da vista espetacular das janelas de todos os quartos. Pagamos 240 dólares a diária.

Para os que desejam se hospedar neste hotel, um aviso: a reserva deve ser feita com muitos (muitos mesmo) meses de antecedência. Fizemos com mais de nove meses e achamos que valeu a pena. Na nossa opinião, o El Tovar seria a primeira opção.

Para os que desejam um contato mais próximo com a natureza, ou alojamentos mais rústicos, há no Grand Canyon vários lodges como o Bright Angel Lodge, Maswik, Kachina e Thunderbird, Maswik.

O Phanton Ranch fica no fundo do Grand Canyon e só é acessível por mulas, a pé ou fazendo rafting.

Para quem não quer ficar dentro do parque há opções de hotéis em Tusayan, um vilarejo a 11 quilômetros, ou 15 minutos de carro da sede do parque. Fica bem na guarita de entrada.

Outra opção é ficar na cidade de Flagstaff, que é uma graça! Fica a 127 quilômetros da sede do parque, cerca de 1h35 de carro. Pode ser uma boa ideia se você for passar só um dia no parque. Achamos meio longe para ir e voltar duas vezes.

mirante nos fundos do Hotel El Tovar, Grand Canyon
mirante nos fundos do Hotel El Tovar, Grand Canyon
DICAS EXTRAS: 
  • Para circular pelo parque há três linhas de ônibus (azul, laranja e vermelha), gratuitas, com frequência variando de 15 a 30 minutos. Uma quarta linha de ônibus, a roxa, vai da cidade de Tusayan até o parque. Para mais informações sobre os horários e rotas, acesse: https://www.nps.gov/grca/planyourvisit/shuttle-buses.htm.
  • Há bicicletas que podem ser alugadas.
  • Não se esqueça de levar água, lanche e um agasalho. Mesmo no verão!
  • Abasteça o carro antes de entrar no parque.
  • Há três mercadinhos dentro do Grand Canyon, na Borda Sul. Lá você vai encontrar comida, bebida (inclusive vinhos) e artigos de primeira necessidade e higiene.
escadaria de pedra no Visitor Center, Grand Canyon
escadaria de pedra no Visitor Center, Grand Canyon
SITES QUE VOCÊ PODE CONSULTAR:

Para mais informações sobre transporte para o Grand Canyon:

https://www.mygrandcanyonpark.com/park/transportation-grand-canyon (em inglês)

Informações sobre os horários e rotas dos ônibus gratuitos: https://www.nps.gov/grca/planyourvisit/shuttle-buses.htm.

Site oficial do Grand Canyon National Park: https://www.nps.gov/grca/index.htm

Trem para o Grand Canyon:  www.thetrain.com

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Se tiver alguma pergunta teremos prazer em ajudar.

Aproveite a viagem e vá também ao Monument Valley (veja esse post) e ao Antelope Canyon (nesse post aqui), também no Arizona.

Beth e Bela.

Grand Canyon, Arizona
Grand Canyon, Arizona
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4 Comments

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