Está pensando em visitar New Orleans? Reunimos dicas de passeios, bares e restaurantes para tirar o máximo do seu tempo em New Orleans, o berço do Jazz!
New Orleans era o ponto final da nossa road trip pela Rota do Blues. Estávamos ansiosos para conhecer o “berço do jazz”, também chamado de “Nola” ou “Big Easy”.
New Orleans fica no estado de Louisiana às margens do Rio Mississippi. Em 2018, completou trezentos anos. Ela é resultado de uma mistura de várias culturas: fundada pelos franceses, New Orleans foi colonizada pelos espanhóis e recebeu muitos imigrantes italianos, alemães e africanos, além dos creoles (vindos do Caribe).

Prepare-se para se apaixonar
A cidade tem uma energia contagiante, traduzida no lema “let the good times roll” (deixe rolar os bons momentos). É impossível não se apaixonar. Até porque, a quantidade e qualidade de diversão atendem a todos os gostos, mas acreditamos que os fãs de jazz se apaixonam mais rapidamente.
Depois da destruição causada pelo furação Katrina, em 9 de agosto de 2005, muitos músicos saíram da cidade. Depois de um tempo, alguns voltaram e, junto com aqueles que ficaram, garantem um jazz de alto nível na cidade.
Mas acredite, nem o furacão conseguiu mudar a alma de New Orlenas. Sua arquitetura, música, gastronomia e vida noturna agitada continuam as mesmas. Sorte a nossa que pudemos curtir bastante nos quatro dias que passamos por lá!

ROTEIRO DE 4 DIAS EM NEW ORLEANS – PRIMEIRO DIA!
Bourbon Street: agito noite e dia
Começamos a explorar New Orleans passeando pela Bourbon Street. Já tínhamos ouvido algumas críticas sobre a rua, tão famosa quanto a Beale Street em Memphis. Tem gente que não gosta nem de passar perto, reclamam da sujeira e da bagunça.
Mas o clima de boemia e a liberdade de ir de bar em bar continuam atraindo muitos turistas. E lá é fácil fazer isso, já que a maioria dos bares não cobra entrada.
Mesmo fora do período de carnaval, a rua ferve. É um lugar totalmente diferente dos padrões americanos, começando pela permissão de beber na rua. Na Bourbon Street é muito normal ver as pessoas andando para cima e para baixo com enormes copos plásticos coloridos cheios de hand grenade, um drinque “poderoso”, comprados em lugares como o Tropical Isle e o Funky Pirates.


De bar em bar
A nossa primeira parada foi no número 311, no Musical Legends Park, local de tributo para lendas da música local. A entrada é gratuita e, com Jazz rolando o dia inteiro, passamos um bom tempo assistindo às apresentações.


No 733 está o Fritzel’s European Jazz Pub, que também tem música ao vivo. O lugar tem a fama de ser o bar em atividade mais antigo da cidade, inaugurado em 1969. A música era muito, muito boa, e o lugar estava lotado.
Nossa próxima parada foi a loja Marie Laveau’s House of Voodoo, no número 739. Marie Laveau era uma bruxa que começou a praticar o vodu na cidade. O local vende todo tipo de mandinga e muito souvenir, como os bonequinhos de vodu, essências e talismãs. Aproveitamos para tirar foto do lado de fora, pois não permitem fotografias no interior.

Já no número 941 está o bar Lafitte’s Blacksmith Shop. Construído entre 1722 e 1732, o bar era usado pelos contrabandistas Pierre e Jean Lafitte. Parece um prédio abandonado, com ar de taberna, o que contribui para a fama e o charme do lugar.

Escolhemos o Red Fish Grill (Bourbon Street, 115) para nosso primeiro contato com a gastronomia local. Foi uma ótima escolha e não decepcionou em nada! O restaurante serve frutos do mar e tem uma vibe super gostosa.

New Orleans histórica
À tarde fomos conhecer melhor o French Quarter, bairro mais antigo da cidade. O lugar é conhecido como Vieux Carré (bairro velho) e você encontra várias camisetas com o nome nas lojas de souvenir. Aproveitamos para “bater pernas” nas ruas de prédios coloridos, a maioria com varandinhas de ferro forjado que aparecem em vários filmes americanos.

Entre os prédios famosos da Chartres Street, no número 514 fica a New Orleans Pharmacy Museum, loja do primeiro farmacêutico licenciado da cidade, Louis J. Dufilho.

A entrada custa 5 dólares e tem tour guiado, de segunda a sexta-feira, às 13h. O museu exibe várias curiosidades médicas, desde poções usadas pelos bruxos da cidade, até práticas suspeitas de medicina.
Outro lugar famoso é o Preservation Hall (Saint Peter Street, 726), onde os shows de jazz são concorridíssimos. Por fora não passa de um casarão de aspecto feio, parece que está caindo aos pedaços, mas tem sempre fila na porta. O local é bem pequeno, não possui banheiro nem bar. E fomos avisadas de que não pode usar celular lá dentro e nem fotografar.
A noite no berço do Jazz
Para terminar a noite, que tal ouvir um bom jazz? Fomos ao Maison Bourbon: dedicated to the Preservation of Jazz (Bourbon Street, 641). Mas como casa não servia comida, fizemos o que todo mundo faz na Bourbon Street: pulamos para outro bar.
O Bourbon “O” Bar (Bourbon Street, 730) fica a apenas um quarteirão e aproveitamos para ouvir mais jazz, mais jazz e mais jazz!

Ainda deu tempo de ir ao Pat O’Brien’s Courtyard Restaurant (Bourbon Street, 624). Saímos de lá com chapéus verdes na cabeça e nas mãos os copos de Hurricane. O drinque foi inventado no local no início dos anos 40 e é servido em copos em forma de lampião.

O lugar tem vários ambientes e em um deles acontecem os duelos de pianos. Tão incrível quanto o lugar é a fonte de água e fogo que tem lá. Algo do tipo: tem que ver para crer!
ROTEIRO DO SEGUNDO DIA EM NEW ORLEANS
Batendo perna
Começamos o segundo dia andando pela Jackson Square e já não nos surpreendemos mais ao encontrar vários grupos tocando jazz na praça.
Visitamos a Saint Louis Cathedral, igreja de arquitetura renascentista considerada a mais antiga dos Estados Unidos. Ao lado dela fica o Cabildo, antiga sede do governo espanhol, transformada em um museu.

De Jackson Square pegamos a St Ann Street até a Royal Street (uma das mais bonitas da cidade), e seguimos até o número 915, onde está o Cornstalk Hotel, com o famoso quarto do Elvis Presley. Dobramos na St. Philip Street e fomos em direção à Decatur Street.
Neste ponto, tivemos que fazer uma escolha difícil sobre o que comer. Podíamos optar pela muffaletta (tradicional sanduiche dos imigrantes italianos), no Central Grocey & Deli (Decatur Street, 923); pelo beignet (carolinas), no Café Du Monde (Decatur Street, 800), ou um po-boy no French Market. Decidimos pelo po-boy.

No French Market, mercado coberto fundado em 1791, há várias barraquinhas e entre elas as que vendem o po-boy, sanduíche típico da região feito com pão baguete e recheado com carne, peixe, mariscos ou camarões empanados (o meu predileto).
A origem do nome po-boy vem da época em que os comerciantes da French Market ajudaram operários grevistas (conhecidos como poor boys, ou garotos pobres), alimentando-os com esse sanduíche.

Jazz, Jazz e mais Jazz!
Voltamos para a Decatur Stree e fomos andando até a Frenchmen Street. Ela é menos “turística” que a Bourbon, mas também tem vários clubes de jazz.
Lá também encontramos músicos tocando jazz no meio da rua. Não demorou para virar bloco, com as pessoas seguindo os músicos pela rua, cantando e dançando.
Logo no comecinho da Frenchmen Street está a Louisiana Music Factory, uma perdição para quem gosta de jazz. A loja possui um acervo imenso de discos, camisetas, objetos e publicações relacionados ao mundo jazzístico.

Aproveitamos também para experimentar um cachorro-quente que está se tornando famoso entre os locais: o Dat Dog, mas parecido com o estilo brasileiro de cachorro-quente, com bastante recheio.

À noite, passamos pelo Spotted Cat Music Club e pelo Bamboula’s. Nas duas casas ouvimos um jazz de primeira, ao vivo. Nem dá vontade de ir embora!


ROTEIRO DO TERCEIRO DIA EM NEW ORLEANS
Terceiro dia – passeio pela cidade
Começar o dia passeando pelo Parque Louis Armstrong é tudo de bom. Lá fica o imponente teatro Mahalia Jackson e, na extremidade esquerda, a Praça Congo, onde os escravos podiam dançar e tocar seus instrumentos.
Alguns dizem que foi o lugar de origem do jazz. Se você estiver na cidade nos meses de outono e primavera, deve aproveitar para curtir um festival maravilhoso, o Jazz in the Park, que acontece sempre às quintas-feiras, à tarde (das 16h às 20h).
Como estávamos perto (mais ou menos 10 minutos de caminhada), fomos experimentar o Jazz Brunch do restaurante The Court of Two Sister (Royal Street, 613). Este restaurante tradicional tem quase dois séculos de história e é um lugar bastante interessante para conhecer um pouco da gastronomia local.
O tradicional brunch funciona todos os dias, das 9h às 15h, e é acompanhado por uma banda de jazz ao vivo. O buffet é bastante variado e conta com itens do café da manhã americano (dá para pedir omelete) e iguarias como a Turtle Soup (sopa de tartaruga) e Creole Jambalaya (uma espécie de paella), saladas e sobremesas.


As bebidas são cobradas à parte, mas no preço do brunch estão inclusos café e chá. A dica é: escolha um dia sem chuva e aproveite para curtir o imenso pátio a céu aberto.

Garden District
Conforme planejado, seguimos para o Garden District, onde vimos muitas mansões (construídas entre 1832 e 1900) e seus belos jardins, que pertenceram aos senhores de escravos e hoje são habitadas por artistas famosos. Elas estão concentradas entre as St. Charles Avenue e a Magazine Avenue.
Claro que não podíamos deixar de reparar na enorme quantidade de colares de bolinhas coloridas (os beads) pendurados nas árvores e postes. Resquícios do carnaval de New Orleans.

Pegando o bondinho
Para chegar ao Garden District, pegamos um street car, famosos bondinhos elétricos de New Orleans. O bilhete para o uso diário, ilimitado, pode ser adquirido no próprio bonde e custa 3 dólares. O pagamento tem que ser feito em dinheiro e com o valor exato, pois a máquina não dá troco.
Existem ainda os passes de 3 dias (9 dólares), 5 dias (15 dólares) e de 31 dias (55 dólares). Todos eles podem ser adquiridos em máquina de venda de bilhete ou em qualquer loja Walgreens na cidade.
O bondinho da linha verde passa pela St. Charles Avenue. Descemos na esquina da Napoleon Avenue e andamos até a Maganize (uns cinco quarteirões).

Muita gente diz que o melhor trecho da Magazine Street para compras está entre a Napoleon Avenue e a Louisiana Avenue. Mas se a ideia é fazer compras, vá com tempo porque a Magazine Avenue é imensa (mais de cinquenta quarteirões) e mistura muitas residências, lojas, bares e restaurante dos mais variados estilos e preços.
Depois de tanto andar (e já que estávamos por ali…), fomos ao Rum House (Magazine Street, 3.128) comer os melhores tacos da cidade. Às terça-feira eles têm o Taco Tuesday, com promoções maravilhosas. Vá de estômago vazio.


New Orleans de barco a vapor
Para tornar completa a nossa visita a New Orleans, terminamos a noite fazendo o tradicional passeio de barco a vapor pelo rio Mississippi. Escolhemos fazer o cruzeiro, com jantar incluso, no Steamboat Natches. Durante o passeio, eles dão muitas informações sobre a história da cidade.
E, como você deve desconfiar, assistimos a mais um show musical a bordo (Jazz e mais Jazz).

Mas para nós, o ponto alto foi apreciar o pôr do sol, refletindo seus raios nas águas do Mississippi, e admirar o perfil da cidade ao anoitecer.

ROTEIRO DO QUARTO DIA EM NEW ORLEANS
Último dia em Big Easy
O Café du Monde, fundado em 1862, é muito famoso pelos lendários beignets (carolinas, aqui no Brasil), e como todo lugar famoso, estava sempre cheio.
Para escapar da multidão, fomos ao Cafe Beignet (Decatur Street, 600), lugar super charmoso. Recomendamos que você vá preparado para se divertir com a lambança, já que é impossível não ficar coberto de açúcar.


Para chegar ao City Park pegamos a linha vermelha do bondinho. No City Park está o New Orleans Museum of Art (NOMA). Fundado em 1911, o museu possui uma coleção de mais de 40 mil obras de arte de vários períodos (da Renascença à Moderna).

Dentro do prédio do museu há uma cafeteria linda, com vista para o parque (para entrar, basta pedir um selo na portaria do museu).
Aproveitamos para passear pelo Sydney and Walda Besthoff Sculpture Garden, um jardim atrás do NOMA com mais de sessenta esculturas incríveis.


Mesmo sabendo que era longe do City Park, não podíamos sair de New Orleans sem antes ir ao restaurante The Blind Pelican (St Charles Avenue, 1628). É o melhor lugar da cidade para comer ostras. Um dos motivos é o preço, pois cada ostra (crua) saía por 25 centavos de dólar (três dólares a dúzia), durante o happy hour, ou seja, das 16h às 20h.


E como ninguém é de ferro, reservamos um tempo para as comprinhas. Fomos aproveitar o outlet Riverwalk Shopping Center. Lindo!
E aí vai uma dica: não esqueça de levar o seu passaporte pois há vários lugares com Tax Free e você poderá pedir o reembolso dos impostos não só no aeroporto, mas no próprio Riverwalk ou na Macy’s do Lakeside Shopping Center. É bem simples e você recebe o dinheiro na hora.

Um bar bem diferente
À noite resolvemos experimentar o Bacchanal Fine Wine & Spirits (Poland Avenue, 600). O “bar” fica bem afastado do centro de New Orleans, mas está fazendo o maior sucesso. O conceito da casa é bem diferente e até um pouco confuso para quem vai pela primeira vez. Só depois é que entendemos que é basicamente uma adega que também oferece comida, mas de uma forma bem “alternativa’ sem a necessidade de ter garçom.
Achamos que facilitaria muito ter algumas placas espalhadas com as orientações sobre o que fazer como, por exemplo, 1) escolha o vinho aqui. 2) escolha as cervejas nesta geladeira. 3) pegue o queijo aqui e entregue no balcão. 4) pague (só com dinheiro vivo) e espere que será entregue na sua mesa, acompanhado de pães e patês.
5) pegue as taças aqui. 6) pegue o balde de gelo aqui. 7) escolha um lugar para sentar e traga aqui a plaquinha com o número da mesa. 8) E por último: os produtos escolhidos serão entregues na sua mesa em uma tábua, com pães e patês. Teria facilitado muito a nossa visita e evitado o estresse de enfrentar um esquema bastante diferente para um bar.
Como estava lotado, pegamos uma fila e não achamos mais lugar no jardim (uma espécie de winegarden) e nem na varanda, por isso não deu para ouvir a música. Naquele dia também não era um bom jazz como estávamos esperando.
Opinião da Beth: não achamos caro, mas foi um pouco decepcionante.
Opinião da Bela: eu adorei a vibe do lugar, principalmente porque sem garçom você pode ficar o tempo que quiser. Não tem uma pessoa para ficar te apressando a comer, pedir a conta e pagar, como na maioria dos restaurantes. Realmente poderia ter mais explicações sobre o funcionamento, mas depois que a gente entende fica bem divertido.
ONDE FICAMOS:

– Dauphine Orleans Hotel. Muito bem localizado na Dauphine Street, 415, bem pertinho da Bourbon Street e super confortável. Inclusive, o hotel tem uma piscina, pequena, mas que aproveitamos bastante, nos dias mais quentes.
Agradecimento especial ao escritório de turismo: New Orleans Convention & Visitors Bureau.
Veja também os outros posts sobre a Rota do Blues:
1 – Rota do Blues: um roteiro inesquecível pelo sul dos EUA
2 – Nashville: 4 dias especiais pela Cidade da Música
3 – Nashville: dicas práticas para sua viagem
4 – Memphis: roteiro de 2 dias no berço do Rock
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